Dólar Cai Abaixo de R$ 5,60 Após Corte de Juros na Europa

O dólar registra queda significativa frente ao real, influenciado pelo corte de juros anunciado pelo Banco Central Europeu.

ECONOMIADESTAQUE

Gustavo Moreira Pinto

6/5/20252 min read

Nesta quinta-feira, 5 de junho de 2025, o dólar comercial registrou uma queda significativa, sendo cotado a R$ 5,58 no fechamento do mercado. A desvalorização da moeda norte-americana frente ao real foi influenciada por uma combinação de fatores internacionais, destacando-se o corte de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) e sinais de alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China.

Corte de Juros pelo BCE

O BCE anunciou um corte de 0,25 ponto percentual em suas principais taxas de juros, reduzindo a taxa de depósito para 2% ao ano. Este é o oitavo corte consecutivo desde junho de 2024, refletindo a desaceleração da inflação na zona do euro, que recuou para 1,9% em maio, abaixo da meta de 2%. A decisão visa estimular a economia europeia em meio a desafios como o crescimento fraco do PIB e .as incertezas comerciais.

Sinais de Alívio nas Tensões Comerciais

Paralelamente, uma conversa entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, trouxe otimismo aos mercados. O diálogo foi interpretado como um sinal de possível reaproximação entre as duas maiores economias do mundo, reduzindo as preocupações com a escalada de tarifas e suas implicações para o comércio

Impacto no Mercado Cambial

A combinação desses fatores levou a uma valorização do real frente ao dólar. Investidores buscaram ativos de maior rendimento em mercados emergentes, como o Brasil, diante da política monetária mais branda na zona do euro e da perspectiva de redução das tensões comerciais. Além disso, a queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA contribuiu para a desvalorização do dólar em escala global.

Perspectivas para o Mercado Brasileiro

No cenário doméstico, a valorização do real pode contribuir para o controle da inflação, ao reduzir os custos de importação. No entanto, a apreciação excessiva da moeda brasileira pode impactar negativamente as exportações, ao tornar os produtos nacionais menos competitivos no mercado internacional. O Banco Central do Brasil deverá monitorar de perto esses movimentos para ajustar sua política monetária conforme necessário.