
Popularidade do Governo Lula em Queda Livre
Nova pesquisa Quaest revela queda na popularidade do governo Lula, com desaprovação atingindo 57% e aprovação caindo para 40%. Fatores como o escândalo do INSS e o aumento do IOF contribuem para a insatisfação popular.
POLÍTICADESTAQUE


Uma nova pesquisa Quaest, divulgada em 4 de junho de 2025, revela que a desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu 57% dos eleitores brasileiros, marcando o índice mais alto desde o início de seu atual mandato. Paralelamente, a aprovação do governo caiu para 40%, o menor nível registrado até o momento. Ambas as variações ocorreram dentro da margem de erro da pesquisa.
Pela primeira vez, o presidente Lula enfrenta maior desaprovação do que aprovação entre católicos e eleitores com ensino fundamental. Entre os segmentos mais pobres da população, a aprovação, que anteriormente era majoritária, agora se encontra em um empate técnico com a desaprovação. Este cenário indica um desafio crescente para a base de apoio do governo.
Contrariando a tendência geral, Lula conseguiu uma recuperação no Nordeste, onde a maioria da população voltou a aprovar sua gestão. No entanto, a percepção geral sobre a economia, embora tenha apresentado uma leve melhora, ainda é majoritariamente negativa, com 61% dos brasileiros acreditando que o país está na direção errada, um aumento em relação aos 56% anteriores.
Fatores como o escândalo do INSS e o aumento no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) têm contribuído para a insatisfação popular. Cerca de 31% dos entrevistados atribuem ao governo Lula a principal responsabilidade pelo desvio de dinheiro de aposentados e pensionistas. Além disso, 50% dos entrevistados consideram que o governo errou ao manter o aumento do IOF para a compra de dólares, evidenciando a sensibilidade da população a medidas econômicas que afetam diretamente seu poder de compra.
A pesquisa Quaest, encomendada pela Genial Investimentos, entrevistou 2.004 pessoas com 16 anos ou mais em todo o Brasil, entre os dias 29 de maio e 1º de junho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com um nível de confiança de 95%. Os resultados sublinham a necessidade de o governo reavaliar suas estratégias de comunicação e políticas públicas para reverter a crescente onda de desaprovação.
