Potencial de Crescimento do Brasil Pode Atingir 4% ao Ano, Afirma Secretário da Fazenda

O Brasil vive um momento econômico promissor, com recordes de emprego e crescimento do PIB, indicando um potencial de expansão de até 4% ao ano no futuro próximo. O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, destaca que esse crescimento é sustentável e resultado de uma nova abordagem econômica que prioriza o desenvolvimento social e a justiça tributária.

DESTAQUEECONOMIA

William Campos

6/8/20253 min read

O cenário econômico brasileiro tem sido motivo de otimismo, com o país registrando um dos melhores momentos em termos de desempenho. O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, aponta que o Brasil está no caminho certo para alcançar um potencial de crescimento de até 4% ao ano em um futuro próximo. Essa projeção otimista é embasada em dados concretos, como o maior estoque de empregos de qualidade da história, o aumento da massa de rendimentos e o crescimento consistente do Produto Interno Bruto (PIB). A recuperação econômica, segundo Mello, não é um "voo de galinha", mas sim um crescimento sustentável, resultado de uma inversão na lógica econômica adotada nos anos anteriores.

Os números corroboram a análise do secretário. O Novo Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego, registrou no final de maio a ocupação de mais de 48 milhões de vagas com carteira assinada, um marco histórico. Paralelamente, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, identificou a menor taxa de desemprego da sua série histórica, de 6,6% para o trimestre fevereiro-abril. Além disso, a massa de rendimentos recebidos pela população ocupada encostou em R$ 350 bilhões no período, impulsionada pela melhora dos empregos formais nos setores privado e público. Esses indicadores refletem uma economia em ascensão, com benefícios diretos para a população.

O crescimento do PIB também surpreendeu o mercado. O IBGE informou que o PIB brasileiro cresceu 1,4% entre janeiro e março de 2025, gerando R$ 3 trilhões no trimestre. Em 12 meses, a economia brasileira acumulou um crescimento de 3,5%, a segunda maior taxa do mundo. Para Guilherme Mello, essa "surpresa" do mercado é, na verdade, o resultado de uma nova abordagem econômica. "Isso não é 'voo de galinha', é crescimento sustentável", afirma Mello, destacando que o novo ritmo está estabelecido há dois anos e meio, sob outras convicções. A estratégia do governo Lula, segundo ele, é combinar crescimento econômico, nível recorde de emprego e renda, aumento do crédito e ajuste fiscal, sem gerar recessão ou deterioração social.

Para sustentar esse crescimento a longo prazo, o governo federal está focado em qualificar a formação profissional dos jovens e prepará-los para o mercado de trabalho do futuro. Investimentos em ensino técnico são condicionantes para a renegociação de dívidas dos estados, e o programa Pé de Meia visa combater a evasão escolar no ensino médio. Além disso, estão em andamento reformas estruturais, como a do sistema tributário, e a formulação de novas políticas para a indústria e a transição ecológica. Essas iniciativas buscam pavimentar o caminho para uma nova era de crescimento com sustentabilidade, promoção de justiça tributária e criação de bons empregos, com consequente distribuição de renda.

Guilherme Mello acredita que o Brasil sairá novamente do mapa da fome da ONU entre 2025 e 2026, um reflexo direto das políticas adotadas. Ele enfatiza que o país recuperou o tempo perdido e está crescendo em seu potencial, que atualmente gira em torno de 2,5% a 3%. "E agora nós poderemos crescer ainda mais no futuro, com as reformas que estamos implementando e com a nova estratégia de desenvolvimento, como o Nova Indústria Brasil, ou o programa de transformação ecológica", explica. Analistas e instituições internacionais corroboram essa visão, indicando que, com a conclusão desse processo de reformas, o potencial de crescimento do Brasil pode, de fato, atingir 4% ao ano.

O secretário conclui que o Brasil tem condições de oferecer força de trabalho qualificada para dar conta desse processo de crescimento. Embora o país tenha abundância de trabalhadores, é crucial investir na qualificação para garantir que os jovens tenham a formação adequada para os empregos do futuro. O programa Pé de Meia, por exemplo, é fundamental para garantir que os estudantes do ensino médio completem sua formação, evitando a evasão escolar e preparando-os para um mercado de trabalho cada vez mais exigente. A visão do Ministério da Fazenda é de um futuro próspero, com crescimento econômico robusto e inclusão social, consolidando o Brasil como uma potência econômica global.