Trump ameaça impor tarifa de 100% contra Rússia se não houver cessar-fogo

onald Trump anuncia que os EUA imporão tarifas "muito severas" à Rússia, podendo chegar a 100%, caso não haja um acordo de cessar-fogo na Ucrânia em 50 dias. A medida visa pressionar o fim do conflito e inclui sanções secundárias a países que compram petróleo russo.

DESTAQUEPOLÍTICA

William Campos

7/14/20252 min read

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um pronunciamento contundente nesta segunda-feira (14), afirmando que os EUA estão preparados para impor tarifas "muito severas" à Rússia. A condição para evitar essa medida drástica é um acordo de cessar-fogo na Ucrânia, a ser alcançado em um prazo de 50 dias. Trump destacou que essas taxas poderiam atingir um valor próximo a 100%, referindo-se a elas como "tarifas secundárias", um termo que, segundo ele, já indica a gravidade da situação.

Um funcionário da Casa Branca, em esclarecimento à CNN, detalhou que a menção de Trump a "tarifas secundárias" se refere a uma taxa de 100% sobre a Rússia e a sanções secundárias aplicadas a outros países que continuarem a adquirir petróleo russo. Essa estratégia demonstra a intenção de Washington de isolar economicamente a Rússia e cortar suas fontes de receita, forçando uma resolução para o conflito na Ucrânia. A declaração de Trump sublinha a crescente pressão internacional para o fim das hostilidades.

Após a ameaça das tarifas, Trump fez uma observação sobre a relação entre comércio e conflitos, afirmando que o comércio é "ótimo para resolver guerras". Essa fala ocorreu durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca, ao lado do secretário-geral da OTAN, Mark Rutte. A presença do líder da aliança militar ocidental reforça a coordenação entre os EUA e seus aliados na busca por uma solução para a crise ucraniana, utilizando ferramentas econômicas como forma de coerção.

O presidente americano também expressou sua decepção com o presidente russo, Vladimir Putin, revelando que sentiu ter um acordo sobre a guerra "cerca de quatro vezes". Trump lamentou a persistência do conflito, declarando: "Eu pensei que deveríamos ter fechado um acordo há muito tempo, mas ele continua se repetindo". Ele enfatizou a urgência de uma resolução, citando os ataques contínuos a Kiev que resultaram em mortes, e concluiu: "Isso tem que parar".

Trump minimizou a necessidade de aprovação do Congresso para um novo pacote de sanções à Rússia, embora tenha elogiado o projeto como "muito bom". Ele mencionou que discutiria o assunto com o líder da maioria no Senado dos EUA, John Thune. O projeto em questão permitiria ao presidente estabelecer uma tarifa de até 500% para países que importam petróleo, gás e urânio da Rússia. No entanto, Trump considerou que uma taxa de 500% "perde o sentido depois de um tempo" e que a tarifa de 100% "serviria à mesma função", indicando que a prioridade é a eficácia da medida, e não apenas a magnitude percentual.

Além das tarifas, Trump confirmou que os EUA enviarão armas de ponta à OTAN para apoiar a Ucrânia, embora não tenha fornecido muitos detalhes. Ele mencionou especificamente o envio de baterias de mísseis do sistema Patriot nos próximos dias. O líder dos EUA ressaltou que os membros da aliança militar arcarão com os custos dessas armas, aliviando o ônus financeiro sobre os cidadãos americanos. Mark Rutte, por sua vez, complementou que o armamento disponibilizado pelos Estados Unidos será mais abrangente do que apenas o sistema Patriot, indicando um esforço conjunto e robusto para fortalecer a defesa ucraniana.